Estamos assistindo seriados cujo roteiro trata sobre a malversação de verbas públicas. É um verdadeiro tiroteio para todos os lados. E no meio desse tumulto, no fervor da batalha, clama-se por uma reforma política.
Várias eleições já se passaram e a próxima, em 2010, bate à nossa porta. Você está em condições de dar o sinal verde para seu representante?
Primeiro quero citar um trecho do livro “As 48 Leis do Poder”, de E Robert Greene e Joost Elffers:
“No mundo há muitos tipos diferentes de pessoas, e você não pode esperar que todas reajam da mesma forma às suas estratégias. Engane ou passe a perna em certas pessoas e elas vão passar o resto da vida procurando se vingar de você. ..”
Segundo a tipologia discutida no livro, são cinco tipos mais perigosos e difíceis: o homem arrogante e orgulhoso; o homem irremediavelmente inseguro; o desconfiado; a serpente de longa memória; e o homem simples, despretensioso, com frequência pouco inteligente.
Bem, o que pretendo abordar é: você lembra para quem depositou sua confiança nas últimas eleições? Para quem foi seu voto? Você acompanhou a trajetória de seu eleito nos últimos anos? Ele agiu conforme você esperava? Você o admirava? E agora?
Você está preparado para 2010?
Há momentos, como todo eleitor sabe ou deveria saber, em que o seu voto vale mais do que mil palavras. Não importa a propaganda que foi conduzida por um partido ou por outro. O que importa é o voto. Esse é o momento em que depositamos toda a nossa esperança e confiança na pessoa que irá nos representar no governo. Porém, nem sempre o eleitor tem essa consciência (apesar de que atualmente isto esteja mudando) e seu voto é mais um em milhares e milhões de votos desperdiçados. Porque? Por que, às vezes, ele não acompanha e não conhece o candidato em que vai votar; não sabe o que ele já fez por sua região ou seu país; não sabe qual a plataforma de trabalho e muito mais.
Vejamos, transportando esse raciocínio para nosso dia-a-dia, será que temos consciência das ações executadas pelo candidato eleito, durante o último mandato, que afetaram nosso modo de viver. Pense e reflita.!
Fica claro então que não apenas não estamos tão preparados como pensamos para 2010, principalmente porque no momento em que votamos nos afastamos de nosso candidato e somente nos preocuparemos outra vez quando for a hora de votar, mas também agravado pelo turbilhão de notícias negativas o eleitor fica sem saber o que fazer. Face ao rumo que tomou o atual debate sobre atos secretos, desvios de verbas públicas, licitações arrumadas, mensalão, mensalinho, CPI e tantos outros, a expressão “política” parece ter ficado arranhada; parece não ter mais credibilidade.
Contudo, em que pese os últimos acontecimentos noticiados, é necessário uma mudança de mentalidade para não contribuirmos com uma paralisia do país. Novamente aqui se deve atribuir o fracasso de políticas públicas àqueles em que votamos e que não honraram com o compromisso da eleição.
Se as observações acima estiverem corretas, chegamos à conclusão que: a decisão de eleger nosso candidato precisa ser planejada, precisa ser bastante examinada e que seja “a decisão” e não apenas uma votação.
Sei que essa discussão não esgota o dilema que é saber em quem votar. De fato, para a melhor decisão precisamos da ampliação da participação da população dentro do contexto político da nação. E como isso é alcançado? A situação atual exige a formulação de novas premissas. Primeiro, o eleitor deve verificar se o seu candidato realizou o que prometeu. Segundo saber quais as atividades que seu candidato eleito está fazendo. Por último, e o que considero de suma importância, ler e se informar. Nem todos os agentes públicos estão enfurnados nesse emaranhado de podridão.
Diante desse breve diagnóstico, reflito sobre políticas públicas. Sob o aspecto de crescimento econômico vejo com bons olhos o esforço que está sendo feito; contudo paradoxalmente, o ritmo de emprego e de melhorias sociais ainda não alcançou patamares considerados satisfatórios.
Estamos chegando ao final de 2009. Daqui a pouco o país virará um grande palanque eleitoral com milhares de candidatos aparecendo nos horários políticos da televisão e do rádio apresentando suas propostas e pedindo o seu voto.
Lembre-se seu voto é muito importante, não somente para o político, mas para você, para sua família, para sua comunidade, para seu município, para seu estado e para seu país.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário