quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Precisamos de polítcas públicas.

Nos últimos anos, a quantidade de pessoas acima de 60 anos vem crescendo aceleradamente. Isto significa que nosso país encontra-se em processo de envelhecimento populacional. As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo possuem uma parcela significativa de idosos.
É importante sabermos disso e buscarmos soluções adequadas para aqueles que, durante mais de meio século, literalmente, deram seu suor pelos mais jovens.
Pesquisas indicam que a convivência de idosos com seus familiares é de grande importância na sua rotina. Traz alegria e esperança de viver mais. Será que as famílias estão preparadas para a convivência de mais de uma geração dentro de seus lares?
A pergunta é bastante oportuna. Vejo, em minhas andanças, idosos largados, desculpe o termo, mas realmente eles estão largados. Sem um familiar para dar apoio; para dar segurança no momento mais crucial de sua vida.
Festejo quando encontro um senhor de mais de 80 anos com serenidade e vontade de viver. Ele é meu espelho. Tento, agora, nos meus quarenta e alguns anos, me enquadrar numa vida saudável para que no futuro esteja convivendo com aqueles que amo.
Meus temas são voltados para políticas públicas, tenho que voltar a uma realidade. Será que nossos governantes estão conseguindo implantar políticas públicas voltadas ao bem estar de senhoras e senhores enquadrados na Terceira Idade?
O governo disponibiliza diversos projetos para a Terceira Idade. Basta procurar os projetos nos Ministérios. A questão é que nem todos possuem esse conhecimento ou não sabem como utilizar com eficiência os recursos provenientes destes projetos.
Recentemente conheci uma instituição destinada à melhoria da qualidade dos idosos que, apesar da falta de recursos financeiros, vi e constatei o esforço e a determinação das pessoas que, alocando seu tempo de maneira produtiva, conseguem oferecer bons momentos àqueles que nada possuem. São serviços simples, mas feitos de coração e dedicação, que trazem resultados insuperáveis. As aulas de dança estão sempre repletas . É bonito ver aquele casal, em seus setenta e muitos anos, rodopiar no meio do salão.... sorrir.... viver. Aquela conversa amiga, um papo casual com outras pessoas, o assunto nem sempre importa, o que interessa é não ficar sozinho em casa. E aquela viagem a outra cidade. Parece coisa de outro mundo. Eles esquecem os ombros pesados de tantos anos de labuta; as dores amenizam com o sabor da aventura. Tornam-se crianças. Elas estão vivas.
Quero ser assim. Procuremos a felicidade que está à nossa volta. Não pode haver desânimo.
Engajei em algumas batalhas. Venci e perdi algumas lutas. Mas não sairei derrotado dessa guerra, não enquanto houver esperança.
Assim, com toda a minha criticidade e meu esforço procurarei vozes e mentes que oportunizem melhores condições de vida, não só para quem desafia o tempo e continua conosco, mas para quem quer chegar onde somente deuses chegaram...... a plenitude da vida.
Contem comigo
Rodrigues, PGP